Compreendendo o autismo

 O autismo é certamente uma das condições humanas mais complexas de se entender e de se abordar. Essa característica neurológica, para usar um termo mais simples, é dotada de milhares de peculiaridades comportamentais, cognitivas e, talvez, até genéticas, como apontam alguns estudos.

Só compreendendo é que podemos lidar melhor com o autismo, sobretudo para aumentar a inclusão da pessoa autista na sociedade, na família, na escola. Afinal, conhecer evita o preconceito.

Mas, afinal, o que é o autismo?

O autismo pode ser caracterizado como um transtorno do neurodesenvolvimento. Ele foi englobado dentro de uma única tipificação chamada Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como ele se manifesta de tantas formas diferentes, ficou convencionado que ele seria classificado dentro desse espectro abrangente. Muitos pesquisadores e autistas adultos utilizam o termo neurodiversidade para explicar o autismo.

Basicamente, o autista apresenta em comum a dificuldade de estabelecer relações sociais, de consolidar interações, de se comunicar com pessoas que não são do seu círculo familiar ou de amigos.

Quanto mais sabemos sobre o autismo, mais percebemos o quão complexo é. Por isso é difícil determinar suas características, já que nenhum autista é igual ao outro, possuindo traços individuais, mas que se encontram nessa tríade: diferenciamento na Comunicação, Socialização e no Comportamento”, explicou Fátima de Kwantsoas que não são do seu círculo familiar ou de amigos.

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Quais são os graus do autismo?

Antes, o autismo era dividido em categorias, entre elas a chamada Síndrome de Asperger. Hoje ele é definido de acordo com os níveis de funcionalidade: leve, moderado e severo.

Quanto mais severo o grau de autismo, menos funcionalidade e mais desafios e comorbidades. Nesse nível, a pessoa praticamente não interage, repete movimentos e pode apresentar atraso mental.

No nível moderado, a pessoa tem dificuldade de se comunicar e repete comportamentos. Já no grau leve, eles conseguem se comunicar, estudar, trabalhar com mais facilidade. Quanto mais leve, mais funcionalidade, mas isso pode trazer um problema, já que fica mais difícil de dar o diagnóstico e ele acaba vindo muito tarde.

Por outro lado, a pessoa autista pode desenvolver talentos e habilidades impressionantes, como predisposição para a pintura, facilidade de aprender visualmente, atenção aos detalhes, capacidade de memória e concentração em uma área de interesse por muito tempo, o chamado hiperfoco.




Bibliografia

MELO, Rafael. Tudo que você tem que precisa saber sobre o autismo para começar a compreendê-lo. Razões para acreditar, 2020. Disponível em: https://razoesparaacreditar.com/autismo-tipos-diagnostico-tratamento/


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